Crítica literária Por: Vadimila Borges
Crítica
literária
Escondido
nas prateleiras, em modo discreto como se não quisesse ser descoberto, um livro
cujo título é extremamente sedutor, convidava para uma longa viagem, passando
por diversos contextos: A Prostituição Conjugal.
Escrita
pela psicóloga Christine Dessieux, esta obra aborda histórias de vida reais,
fruto da coletânea de vários depoimentos de suas pacientes. As personagens são
mulheres frustradas e infelizes que vivem dentro de um casamento onde a única
satisfação realiza-se em compras, conta bancária e boa posição social; senhoras
que se casaram não por amor e muito menos por desejo, considerados motivos
básicos e clássicos para a concretização de qualquer união.
Relata
desabafos de mulheres que sem desejo e sem prazer entregam seu corpo ao marido
que, em muitos casos, pouco se importa se o clímax foi atingido por ela; onde o
ato sexual é realizado sob as mais perversas formas de aberração sexual, em que
a mulher é concebida como um objeto de prazer, sem vontade própria e sem
direito de recusar “abrir as pernas”, isto porque a posterior recompensa agrada
muito aos olhos e a aparência: presentes, joias, carro e um cartão de crédito
sem limites. É o que, ao fim e ao cabo, denomina-se por prostituição, porém,
conjugal. Cada capítulo, um caso e uma história diferente recheados de muitas
revelações, umas repugnantes e outras nem por isso.
Portanto,
sendo um amante da literatura e apreciador de temáticas desta natureza, não
deixe de conhecer este fascinante livro. No entanto recomenda-se entrar nesta
viagem sem preconceitos e sem estereótipos, pois, só assim se vai poder
perceber as histórias e os testemunhos.
Enfim, um livro que vale mesmo a pena saborear, apenas com um senão: a
partir do momento que o ler, nunca mais será o mesmo. Ficou curioso? Então
leia!
A
Prostituição Conjugal, um documento-choque sobre um dos maiores tabus da nossa
sociedade. Recomendo!
Meu Deus!!!
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