Sugestão de Leitura: O Diário Da Nossa Paixão – NS - “nessas últimas e ternas horas, o amor é sensível e muito puro”
Quem
sou eu? E como terminará esta história? Com estas duas frases começa a viagem
pelo “Diário da nossa paixão”.
Apesar
de ser o primeiro livro de Nicholas Sparks, é o quarto que tenho o prazer de
ler. Tirei esse livro da prateleira, ontem, mais por necessidade do que por qualquer
outra coisa.
Acho que precisava de qualquer coisa para me fazer chorar. Não pela
história mas, pelas minhas próprias mágoas. Minhas próprias dores. Para saber
quem EU sou. E como termina ESTA história.
Li o
livro em uma noite. E não haveria de ser em mais. Não precisei do típico café
nem de outro estímulo qualquer, para me manter acordada. Quando dei por mim, o
livro já estava terminado e a noite também.
Prestei
atenção a cada palavra, a cada frase, e em cada folha escutava atentamente as
vozes que me vinham à mente. E senti igualmente o frio que tentei aquecer
nesses últimos 21 anos. Não se trata do frio de Fevereiro, que afinal, já quase
não se faz sentir. Falo do frio de se querer calor.
Ao
ler este livro aprendi mais de mim mesma do que do seu enredo. Não fui, nem romântica
a ponto de encarar esta história como sendo de amor e nem cínica a ponto de a
ver como tragédia. Mas, de uma coisa tive certeza. É o amor, seja de que
natureza for, que determina que destino vamos tomar.
Entendi,
também, que muitas vezes insistimos e confiamos, simplesmente, porque "é a ideia
da possibilidade que nos faz continuar, não a certeza."
“O perfeito
amor deixa marcas, marcas perfeitas.” E Noah (personagem principal do livro) me
fez perceber isso, mesmo sem eu nunca ter conhecido esse tal “perfeito amor”. Melhor ainda, entendi que quem aprende a ler poesia, saberá dizer tudo o que
quiser.
Esta
foi, sem dúvidas, uma forma maravilhosa de aprender que a arte pode salvar e
que milagres acontecem.
O
livro não me mostrou quem eu sou, e nem poderia fazê-lo. E apesar de conhecer o
seu final, ainda não sei como há-de terminar a minha própria história.
Porém,
passei a ter a firme convicção de que “nessas últimas e ternas horas, o amor é
sensível e muito puro” e que quando pensamos que está tudo acabado, podemos
fechar os olhos e fazer o seguinte pedido: “vem, luz da manhã, com os teus
luminosos poderes despertar um amor que nunca acabará”.
Por fim, entendi que o amor
de um declamador – não por me aventurar em ser uma - é como a poesia, não deve
ser analisada ou interpretada, apenas aceite sem reservas, porque inspira sem
motivos e emociona sem entendimento.
Às vezes a única companhia
de que precisamos é a de um bom livro.
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