O Verdadeiro Amor Nos Faz Homens
Este
livro já foi sugestão de leitura, aqui, na Bússola. Sei que estou a ser chata
em teimar que o leiam. Mas, é que eu não me conformo. Não me conformo de não
poder ter a oportunidade de partilhar o que senti ao lê-lo e saber que outros
podem ter a mesma sensação.
Sei
que alguns pensam que o Sparks ou “El Best Nicholas”, como atrevidamente o
chamo, é um romancista cliché. Garanto-vos que não o é. Cada artista tem a sua
forma própria de expressar-se e uma história diferente para contar,
independentemente da forma de arte que usar.
O Nicholas
Sparks me sabe prender, talvez por eu ser pequena demais para reconhecer “os
grandes” ou ingénua demais para estupeficar-me com pequenas coisas. Entretanto,
não estou aqui para falar do quanto o Nicholas me atrai. Claro que ele é um tremendo
gato mas, não é dessa beleza que falo, é a sua escrita. Já estou a perder o
foco, não é? Voltemos ao livro!
“Um Momento Inesquecível” foi o primeiro
livro que me fez chorar. Mesmo depois da terceira leitura. Quem me conhece bem,
sabe que tento, sempre, fingir ser forte. Porem, antes de chegar ao ponto final
do livro, já não segurava as lágrimas.
Vamos começar do princípio!
Interessei-me pelo livro porque fala de um casal jovem. Tendo em conta os meus 14 anos, mais 7, é natural que me interesse por algo desta natureza, não é mesmo?
Entretanto,
a juventude desta obra mostrou-se tão profunda que transcende o tempo e a
idade. Traz uma lição profunda daquilo que é o verdadeiro amor. Mostra como
esse sentimento é capaz de mudar, curar e acima de tudo, fazer um miúdo ser
homem.
Num mundo onde estamos tão acostumados ao “ai se eu te pego” soa estranho o “ai como te amo”. O amor não é tão utópico como muitos fingem acreditar. Sabem o que é que nos falta? Aprendermos a ser um Landon Karter (personagem principal do livro), para entendermos que o amor vai além do aparente e é mais forte do que a própria morte.
O
amor não suporta a vergonha. Crescer em águas poucas e tornar-se oceano. No
amor não há primeira vista ou ultimo adeus. É mais transformador do que
qualquer matéria.
O
amor nos faz homens, mesmo quando depois da descoberta vem a perda. A perda do
sentido da vida. A perda da fé. Da esperança. De qualquer rastro de possível
consolo. A perda pela morte. A perda de nunca mais voltar a ver. A perda que nos
mostra que um fim antecede um começo e abre portas para novas descobertas, a de
nós mesmo.
E aos homens, a estes, cujo sexo é masculino,
esta leitura é obrigatória. Não sou nenhuma analista ou crítica literária e nem
tão pouco compreendo o amor. Apesar disso, não divido que o verdadeiro amor nos
faz HOMENS.
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