Poema: Navio negreiro
Vem aí o navio negreiro!
Erguendo a sua bandeira
De escravidão!
Erguendo a sua bandeira
De escravidão!
Trazendo negros africanos
Desmamados da savana
Escondendo contos, cantos e choros
De uma África dividida
Desmamados da savana
Escondendo contos, cantos e choros
De uma África dividida
Vem aí o navio negreiro!
Erguendo as suas velas
De servidão!
Erguendo as suas velas
De servidão!
Trazendo os sonhos da mãe
África
E açoitando sem piedade
A identidade de todos
Os negros
E açoitando sem piedade
A identidade de todos
Os negros
Vem aí o navio negreiro!
Erguendo o seu mastro
De ingratidão!
Erguendo o seu mastro
De ingratidão!
Queimando alforrias ao vento
E lavando no mar o sangue
De um escravo negro africano
E lavando no mar o sangue
De um escravo negro africano
Lá vai o navio negreiro!
Completando a sua rota triangular,
Levando
Negros
Mulatos
E mestiços mudos e presos
Num sonho de liberdade condicionada
Completando a sua rota triangular,
Levando
Negros
Mulatos
E mestiços mudos e presos
Num sonho de liberdade condicionada
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