Da Leitura Tradicional à Leitura em Rede
No
bolso, um smartphone, na escrivaninha do quarto, um computador portátil, nas
mãos um tablet ou um iped. Tudo ao redor dos jovens é 24 horas tecnologia. Face
a essa atractividade, mergulhar num livro de muitas páginas, muitas palavras e
muitas interpretações é alternativa dispensada.
Dados
da União Internacional das
Telecomunicações sobre o uso da internet no mundo, mostram que o nível de
penetração de usuários na internet chegou a 49.6%, em todo o planeta. Quem
lidera o ranking são os Estados Unidos, onde 88.1% da população está em rede.
Isso
leva-nos a crer que os jovens dedicam muito mais tempo à leitura imediata e
interactiva que a Web possibilita do que esfolhando livros e manuais.
Dados
do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes publicados em Dezembro de 2010,
mostram que a leitura não está entre as prioridades dos jovens de 15 anos.
Apenas um terço disse que a leitura é um dos hobbies favoritos.
Rosa Maria Farah, coordenadora do Núcleo de
Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP, no Brasil, diz que “o
adolescente lê e escreve muito, comunica-se muito mais por escrito. As gerações
anteriores liam só os livros da escola. Os jovens de hoje não: estão sempre se
informando dentro dessa vida social digitalizada".
A
grande verdade é que os livros físicos e a leitura tradicional têm perdido
terreno, principalmente nas regiões onde o nível de penetração de usuários na
internet é maior como é o caso dos Estados Unidos, da Europa (77.4%), da
Oceânia/Austrália (68.1%), e da América Latina/Caribe (59.6%).
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